Seleção Brasileira e os outros jogos

Terça-feira, 15 de junho de 2010, quinto dia da Copa do Mundo da África do Sul. Abaixo as análises bem objetivas das partidas de hoje. Para meus pensamentos sobre o jogo do Brasil, redireciono meus nobres e poucos leitores para o site da Trivela – mais especificamente para o blog, com minha análise.

Grupo F
Nova Zelândia 1×1 Eslováquia – Outra seleção europeia decepcionante. O time tem alguns talentos, como Hamsik, mas não consegue criar jogadas, fica sempre no óbvio. Já os neozelandeses tem um time mais fraco, mas que soube se defender e, no final, conquistou um empate merecido. Na verdade, mais por demérito da Eslováquia.

Grupo G
Portugal 0x0 Costa do Marfim – Jogo muito equilibrado, onde as duas seleções foram bastante precavidas o tempo todo. Portugal criou algumas chances no primeiro tempo. Os marfinenses pressionaram bastante no final. As duas equipes, como previsto, vão dar trabalho ao Brasil. Segunda vaga da chave totalmente indefinida.

Brasil 2×1 Coreia do Norte – Análise publicada na Trivela e notas dos jogadores.

Jogos bons nesta segunda de Copa

Direto e na lata, na velocidade paulistana, as análises dos jogos da Copa do Mundo nesta segunda-feira. Aliás, é impressionante como, em mês de Mundial, todos os dias da semana são iguais. Domingo, segundo, quarta… dá na mesma, nem percebo a diferença na correria da cobertura.

Grupo E
Holanda 2×0 Dinamarca – Muita gente tem falado que os holandeses decepcionaram. Não concordo. Podem até não ter encantado, mas conquistaram uma boa e tranquila vitória, sobre uma equipe de nível razoável para cima. Com Robben e a sequência de jogos, tem tudo para embalar. É, obviamente, uma das candidatas ao título.

Japão 1×0 Camarões – Achei que, por jogar na Áfricam, a seleção de Camarões apresentaria mais vontade, raça e, naturalmente, um time melhor. O que seu viu foi uma equipe encurralada na marcação japonesa. Grupo bem enrolado, segunda vaga imprevisível.

Grupo F
Itália 1×1 Paraguai – Itália é sempre Itália. É bem verdade que a Azzurra desta Copa é uma das piores dos últimos tempos, mas não deixa de ser forte e candidata ao título – ainda mais como atual campeã. Um empate na primeira rodada não é nada demais para os italianos. E os paraguaios, com o resultado, podem até sonhar com o primeiro lugar.

Análises da Copa até agora

E chegamos à metade da primeira fase da Copa! Grande coisa… caros leitores e nobres leitoras, ando bem ausente deste espaço, eu sei, mas agora na Copa do Mundo estou editando o site da Trivela. Equanto o mês de Mundia significa diversão para vocês, para mim significa diversão e muito trabalho.

Segue abaixo as análises, curtas e diretas, das partidas que aconteceram até agora na África do Sul. Para algo mais complexo, acompanhe o noticiário da Trivela que está show.

Como estamos apenas na primeira rodada, qualquer opinião não pode ser conclusiva ainda. Temos muita coisa para ver todavia.

Grupo A
África do Sul 1×1 México – Sul-africanos surpreenderam positivamente e os mexicanos negativamente. Ao contrário do que imaginava há algumas semanas, hoje acho que os donos da casa avançam (aliás, grande trabalho de Carlos Alberto Parreira);

França 0x0 Uruguai – Os franceses têm condições de melhorar. Já os uruguaios… time fraco, como esperado, afinal, não mudou nada desde as eliminatórias. Ainda acho que a França também passa.

Grupo B
Coreia do Sul 2×0 Grécia – Dos gregos ninguém esperava muita coisa mesmo, mas o futebol apresentado foi assustador. Os sul-coreanos, por sua vez, estão com um time muito habilidoso;

Argentina 1×0 Nigéria – Muitos talentos, mas ainda carentes de uma tática com menos falhas. Essa é a Argentina de Maradona (uma das favoritas). Já os nigerianos devem brigar pela segunda vaga do grupo com a Coreia do Sul.

Grupo C
Argélia 0x1 Eslovênia – Pior jogo da Copa até agora. Os argelinos estão com uma seleção bem fraca. Os eslovenos têm algum talento, mas nada que assuste os outros adversários da chave;

Inglaterra 1×1 Estados Unidos – Ah, Robert Green! Se não fosse pelo goleiro inglês, acho que a Inglaterra levava. Os Estados Unidos têm uma boa equipe, mas nada demais. Os ingleses anda vão melhor – brigam pelo título.

Grupo D
Sérvia 0x1 Gana – Decepcionante a atuação da Sérvia. Um time cheio de bons jogadores, mas carente de um craque. Gana mostrou o mesmo futebol de outras oportunidades: muita força na marcação e burocrático;

Alemanha 4×0 Austrália – Show alemão no primeiro jogo. Quarteto ofensivo – Ozil, Mueller, Podolski e Klose – muito efetivo e eficiente. Como eu já achava, a Alemanha entra na competição para brigar pelo título. Os australiano não são tão ruins como pareceu – a expulsão de Cahill atrapalhou muito.

E que venham os próximos jogos!

Corinthians surpreende com atual campanha

Admito que imaginava que o Corinthians sentiria muito a eliminação da Libertadores. Ano do centenário, pressão da torcida, diretoria falando muito… pois a equipe soube reagir rapidamente, assim como o clube.

A primeira tacada correta foi a renovação do contrato de Mano Menezes. Publicamente, o clube mostrou que o treinador tem total apoio. Depois a “saída” de alguns atletas em um elenco que se mostrou um pouco inchado, e a chegada de reforços promissores e sem pompa (caso de Paulinho, que chegou ainda na Libertadores, e Bruno César).

Com isso, e um pouco de sorte na estreia, o Corinthians bateu o Atlético Paranaense no primeiro jogo do Brasileirão. Essa partida foi fundamental, porque a derrota, logo na sequência da eliminação para o Flamengo, poderia inflamar os ânimos nas arquibancadas.

Vitórias sobre Grêmio e Fluminense devolveram a moral ao time, que empatou com o Grêmio Prudente na sequência e deu uma demonstração de força neste domingo, ao golear o Santos por 4 a 2.

Mano admitiu alguns equívocos na preparação para a Libertadores. Parte da comissão técnica saiu, principalmente a responsável pela preparação física. O técnico voltou a usar mais o esquema 4-3-3, que tanto deu certo em 2009, e também conseguiu deixar o time menos dependente de Ronaldo. E aos poucos o Corinthians entrou no eixo – tardiamente, dirão alguns, ainda recordando do torneio sul-americano.

Como este Campeonato Brasileiro é especial, por causa da parada da Copa do Mundo, não dá para afirmar agora que  o alvinegro é o maior favorito ao título. Afinal, alguns jogadores ainda devem sair, assim como outros chegarão – isso em todas as equipes. O que dá para dizer, no entanto, é que o Corinthians está no rumo certo.

Quiz da Copa do Mundo

Quem quiser testar os conhecimentos sobre Copa do Mundo e ainda se divertir um pouco, além de concorrer à uma camisa da Seleção Brasileira, pode acessar o site Quiz Copa. Cuidado: é viciante.

Quiz Copa

O tapa que custou uma Copa do Mundo

Qual seleção é melhor?

Titulares: Julio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Robinho e Luis Fabiano.

Reservas: Doni, Daniel Alves, Luisão, Thiago Silva e Gilberto; Josué, Kléberson, Elano e Julio Baptista; Nilmar e Grafite.

Ausentes: Victor, Rafinha, Alex, Miranda e Marcelo; Lucas, Hernanes, Diego e Paulo Henrique Ganso; Ronaldinho Gaúcho e Adriano.

E ainda tem Roberto Carlos, Sandro, Carlos Eduardo, Neymar, Diego Tardelli, Fred…

Uma teoria sobre o time do Dunga

Depois que saiu a lista com os 23 jogadores que defenderão o Brasil na Copa, fiquei tentando pensar como o técnico Dunga. Buscar os motivos que o levaram a fechar com esse grupo. Entender as crenças que o fizeram acreditar em determinados jogadores, em detrimento de outros. Cheguei à seguinte conclusão: Dunga não montou uma seleção com os melhores jogadores brasileiros, mas sim com os melhores brasileiros que se adaptam ao seu pensamento e suas táticas.

O treinador, desde o início, sempre frisou que chegara ao comando do time para resgatar o orgulho e o respeito da Seleção. Para tanto, comprou briga com meios de imprensa, deixou de lado muitos jogadores estrelinhas e sempre teve o total apoio e bênção de Ricardo Teixeira. Procurou montar uma “Família Dunga”, que ficou mais parecida com um “Seminário Dunga”, onde todos têm que andar na linha.

Dunga, assim, não se preocupou em momento algum em convocar os melhores. Ele pensou em um modelo para a equipe, seja tático ou motivacional, e levou isso até o fim. Buscou os atletas que melhor podiam se encaixar nas posições e ideologias, fechou com eles e pronto. Montou seu time.

Mais ou menos como um treinador faz no clube. O cara chega e pede para a diretoria determinados jogadores. Ele não pede só os melhores do mundo, porque sabe que várias estrelinhas no mesmo time não dão certo – salvo algumas exceções. Faz a lista dos reforços, de acordo com seu plano de jogo e com os atletas que já estão no elenco.

Dunga fez isso. Viu o que já tinha (Julio César, Lúcio, Gilberto Silva, Kaká, Robinho…) e trouxe seus reforços (Doni, Gilberto, Felipe Melo, Julio Baptista, Nilmar, Grafite). Esse foi o caminho seguido pelo treinador. E não cabe a ninguém dizer: está errado. Foi o caminho que ele escolheu, amparado pela CBF. E que pode ser vitorioso no Mundial, como foi na Copa das Confederações e na Copa América.

Agora, ninguém precisa concordar com isso. Eu não concordo. Acho que seleção é lugar para os melhores, e com a atual Seleção Brasileira isso não acontece. Acho mais fácil montar um esquema em cima dos melhores jogadores, do que selecionar vários de acordo com o esquema (ou mentalidade).

Que venha a Copa do Mundo, agora. Ao final, Dunga poderá mostrar que estava certo. Ou não. E que fique bem claro: mesmo com tudo isso, ainda acho o Brasil favorito.

E o meio, Dunga?

Sinceramente não achava que o Dunga levaria o Kléberson. Tinha a certeza que ele se aproveitaria da má fase do volante do Flamengo, para levar mais um meia para a Copa, para ser o reserva do Kaká. E achava que esse jogador seria o Ronaldinho Gaúcho. Talvez o Ganso, mas com pouca convicção.

De resto, a outra maior surpresa pra mim foi a ausência do goleiro Victor, do Grêmio. Tudo bem que estamos falando do terceiro arqueiro da Seleção, mas o Gomes não era convocado há muito tempo e o Doni é reserva do Júlio Sérgio na Roma.

Além disso, a ausência de Adriano no ataque era totalmente esperada. Ainda mais com a boa impressão deixada por Grafite nos últimos amistosos. Na lateral-esquerda, a dúvida era entre Gilberto e André Santos, e a experiência do meia cruzeirense pesou.

De resto, nenhuma novidade. Dunga, como previsto, foi coerente com seus pensamentos. Coerente até demais… tomara que Kaká se recupere de uma vez por todas das contusões.

GOLEIROS
Julio César (Internazionale-ITA)
Gomes (Tottenham-ING)
Doni (Roma-ITA)

LATERAIS
Maicon (Internazionale-ITA)
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Michel Bastos (Lyon-FRA)
Gilberto (Cruzeiro)

ZAGUEIROS
Lúcio (Internazionale0ITA)
Juan (Roma-ITA)
Luisão (Benfica-POR)
Thiago Silva (Milan-ITA)

MEIAS
Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE)
Felipe Melo (Juventus-ITA)
Josué (Wolfsburg-ALE)
Ramires (Benfica-POR)
Julio Baptista (Roma-ITA)
Elano (Galatasaray-TUR)
Kléberson (Flamengo)
Kaká (Real Madrid-ESP)

ATACANTES
Luis Fabiano (Sevilla-ESP)
Nilmar (Villarreal-ESP)
Robinho (Santos)
Grafite (Wolfsburg-ALE)

Todos sabiam que 12 sedes eram demais

Leio nesta terça-feira no UOL Esporte, que Cuiabá iniciou as obras que prepararão o estádio Governador José Fragelli, mais conhecido como Verdão, para a demolição. Cadeiras e equipamentos de iluminação começaram a ser retirados. O novo estádio custará, inicialmente, R$ 442 milhões.

Obviamente que a capital mato-grossense começou a fazer algo para não ser uma das cidades que pode perder o mando da Copa. Afinal, na semana passada o ministro dos Esportes, Orlando Silva, passou o recado: comecem as obras ou sofrerão as consequências.

É meio impressionante afirmar isso, mas as obras para a Copa de 2014 no Brasil já estão atrasadas. No entanto, não é uma surpresa.

A decisão de escolher 12 cidades como sedes foi bem absurda. Não temos 12 municípios com condições para isso no país. Falta infra-estrutura, capacidade hoteleira, dinheiro para as obras e, logicamente, estádios.

Já estamos pagando o preço dessa decisão política, porque tecnicamente, todos sabiam (e até a Fifa tinha deixado bem claro) que oito ou 10 cidades eram mais do que suficientes.

Vide o exemplo da Ucrânia na organização da Eurocopa de 2012, o Brasil deve passar por situação semelhante nos próximos anos. Pressões da Fifa, do Governo, da imprensa e de quem mais puder cobrar. Porque as obras atrasarão ainda mais – para felicidades de construtoras, que ficarão com os rios de dinheiro público despejados em cima da hora e de maneira emergencial.